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Brincadeira

Brincar socializa, promove a participação de forma espontânea, envolvimento e interesse. Durante a vivência do dia 31 de março de 2017, participamos das brincadeiras propostas pelos colegas e percebemos exatamente essas características que essa prática proporciona.


As brincadeiras vivenciadas foram apresentada como o objetivo de ampliar o repertório cultural corporal dos sujeitos que ali estavam, o que na escola, muitas vezes não acontece pois muitos educadores concebem a brincadeira como instrumento didática-pedagógico, o que não necessariamente pode acontecer, a criança pode não compreender as intenções por trás das brindeiras.


"Não se trata de ensinar dezenas de brincadeiras, mesmo porque esse não é o objetivo da escola. Os conhecimentos das crianças sobre a cultura lúdica precisam ser valorizados. Eis o ponto de partida.( NEIRA, 2014)

As brincadeiras praticadas nos remeteram as lembranças da infância, e assim, o grupo propôs adaptações das regras e procedimentos. Em sala de aula, é importante reconhecer as práticas corporais que as crianças possuem, no entanto é imprescindível ampliar esse repertório corporal cultural. O que se propõe é dar enfase a quilo que eles já sabem e trabalhar novas maneiras de incorporar aquela prática no coletivo.

Através de problematizações a criança poderá ser estimulada a investigar a respeito de novas práticas corporais e socializá-las com os demais colegas da turma.


Barra manteiga

na fuça da nega

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Brincadeira cuja música suscitou discussões

Nas discussões sobre essas adaptações das práticas, durante a aula, surgiram questões interessantes a respeito de brincadeiras que carregam um teor racista. Alguns dos participantes da brincadeira foram a favor da adaptação da música, outros consideraram utilizar a música como meio de evidenciar a história do nosso país e promover uma reflexão sobre o racismo. Assim como foi discutido nesta vivência, a brincadeira pode ser meio para ressignificar as questões de gênero, etnia e classe social, a partir da intervenção do professor.


A vivência proporcionou uma aproximação de como as práticas corporais podem ser trabalhadas, de forma livre participativa e colaborativa, de que modo as trocas, não só sobre as brincadeiras , mas também, sobre as opiniões de como trabalhá-las quando há questões sensíveis.


NEIRA, M. G. “As brincadeiras na escola”, “Orientações Didáticas” e “Relato de Experiência”. In: Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014. p. 33-55.

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