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Vivência de Esporte



No grupo ouvimos pessoas que respiram esportes e outras que preferem ficar bem longe. O que de comum ouvimos, foi que as experiências vividas dentro da escola são muito decisivas na polaridade que divide as opiniões em relação aos esportes, pois os primeiros contatos que estabelecemos no esporte – e isso na maioria dos casos acontece na escola – coloca os que se saem bem em um patamar bastante acima dos que não tem tanta destreza.


“A partir do esporte, conteúdos de interesse cultural como padrão de beleza e saúde dominantes na sociedade, a exclusão e discriminação social daqueles que não se enquadram nos padrões determinados.”

(Silva e Zamboni, 2010).

Se na vivência de hoje pudemos perceber colegas incomodados com a postura impaciente de outros colegas do mesmo time, por perder uma bola, não passar ou ainda errar um gol, por exemplo, quando isso acontece enquanto criança, existe menos autoconfiança e maturidade para encarar os insultos: apenas afastam-se para que não sejam alvo de brincadeiras, mas há de se ressignificar!

Contudo, em muitas falas de colegas pudemos perceber que suas relações com o esporte romperam-se ainda na infância. Por isso a importância de um olhar do professor bastante voltado para a diversidade quando na prática de esportes, buscando sempre meios de adaptação para que sejam experiências inclusivas, em grupo e que nos traga aprendizado acerca de nós mesmos, de nossa corporeidade.

Jogamos handball de diversas maneiras e com muito mais pessoas por time, algumas regras flexibilizamos e outras enrijecemos. Corremos desvairados, pulamos, comemoramos e alguns até reclamaram dos que tem tinham menos afinidade com a prática. Voltamos aos tempos de escola, entramos na esfera que o esporte causa: euforia para alguns e desconforto para outros.

É uma prática onde a finalidade maior é a competição, ou seja, alguém precisa ganhar – então alguém precisa perder -, é excludente por natureza.

Depois de jogarmos, discutimos em grupo maneiras de poder incluir e transformar as experiências dos educandos com algumas mudanças bastante simples, mas que configuram uma forma mais igualitária de seleção, participação e competição:

* Na seleção: as falas dos colegas nesse momento foram muito vívidas, aquela sensação que a maioria de nós já teve, quando somos o último a ser escolhido para compor o time. Na nossa vivência tínhamos também os capitães, mas esses não escolhiam um a um, mas fomos

identificados como grupo pela cor de nossa roupa, por estarmos de manga curta ou comprida, etc.

* Desenvolvimento das habilidades do grupo todo: algumas equipes montaram estratégias. Mesmo que essas estivessem fazendo com que alcancemos o objetivo do jogo, é importante que haja uma rotatividade das posições dos jogadores, por exemplo, pensando em desenvolver alguém que é muito bom na defesa, no ataque, e vice-versa. Assim poderemos imaginar um time mais equilibrado.

* Fomentando o respeito à diversidade: deverá haver sempre a atenção para as ações que possam intimidar alguns integrantes do grupo, podendo muitas vezes arruinar sua relação com práticas esportivas.

O esporte é uma prática que exige o aprendizado do trabalho em equipe, mas que ao mesmo tempo, se conduzido de tal forma a ignorar o olhar pedagógico, continuará a construir opiniões cada vez mais longínquas umas das outras.

Referência Bibliográfica:

http://www.scielo.br/pdf/motriz/v16n4/a25v16n4.pdf


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