Dança
A aula começou com alguns questionamentos:
Quem já dançou? (maioria da sala)
Quem sabe dançar? (minoria da sala)
O que é dança?
Segundo SIQUEIRA, 2006 .“ Pode-se afirmar que dança é um sistema simbólico composto de gestos e movimentos culturalmente construídos e faz parte da vida das sociedades desde tempos arcaicos”.
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
“Umas das hipóteses admitidas é a de que provavelmente teve início como rito religioso, voltado para o culto sagrado e, posteriormente, passou a ritual profano como associada ao trabalho”. (SIQUEIRA, 2006)
Primeiros movimentos: o homem primitivo
A dança nasceu associada às práticas mágicas do homem, com o desenvolvimento da civilização, o rito separou-se da dança.O homem dançava pela sobrevivência, dançava para a natureza em busca de mais alimentos, água e também em forma de agradecimento. A dança era quase um instinto e esses acontecimentos registrados nas paredes de cavernas em forma de desenhos, ficaram conhecidos como arte rupestre.
Registros pictóricos
Dança como magia
Dança como ritual mítico – religioso
Homens, nudez
Outras hipóteses: imitações de animais
A dança na antiguidade clássica
Na Grécia a dança originou-se de rituais religiosos, os gregos acreditavam no seu poder mágico, assim os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes maneiras. As danças preparam fisicamente os guerreiros e sempre eram feitas em grupos. A dança era muito difundida na Grécia Antiga, importante no teatro, a dança se manifestava por meio do coro.
Sagrada
Profana
Caráter religioso, dramático, educativo e de lazer
Idade média
Práticas religiosas X práticas populares ( o controle do cristianismo)
Modernidade e renascimento: a invenção do balé
A dança ressurge, é apreciada pela nobreza adquirindo um aspecto social e tornando-se mais complexa, passa a ter estudos específicos feitos por pessoas e grupos organizados sendo conhecida como balé. Até essa época a dança era algo improvisado, só a partir do Renascimento passa de atividade lúdica, de divertimento, para uma forma mais disciplinada, surgindo repertórios de movimentos estilizados. O uso do termo balé, na época balé, significava um conjunto de ritmos e passos. A moda do balleto na Itália se espalhou também pela França durante o século XVI.
O século XVII é considerado o grande século do balé, saindo dos salões e transferindo-se para os palcos, provocando mudanças na maneira de se apresentar surgindo, assim, os espetáculos de dança.
Dos salões nobres da corte aos palcos, uma arte das elites.
Racionalização dos movimento
Profissionalização
A ascensão do elemento feminino ( romantismo; técnica; ponta, vestuário, estética)
A dança moderna
A dança moderna é uma negação da formalidade do balé. Os bailarinos trabalham mais livres, porém não rompem completamente com a estrutura do balé clássico. Os movimentos corporais são muito mais explorados, existe um grande estudo das possibilidades motoras do corpo humano. Solos de improvisação são bastante frequentes.
A dança contemporânea
A dança contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir, desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos clássicos e os movimentos da dança moderna, modifica o espaço, usando não só o palco como local de referência.
A dança contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino escreve no tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os temas refletem a sociedade e a cultura nas quais estão inseridos, uma sociedade em mudança, são diversificados, abertos e pressupõem o diálogo entre o dançarino e o público numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é mais livre, pois é dotado de maior autonomia.
Referências
ASSIS, M. D. P; SARAIVA, M. C. O feminino e o masculino na dança: das origens do balé à contemporaneidade. Movimento, Porto Alegre, v. 19, n. 02, p. 303-323, abr/jun. 2013.
SIQUEIRA, D. C. O. Do balé à dança contemporânea: corpos e técnicas em rede. In: Corpo, comunicação e cultura: a dança contemporânea em cena. Campinas: Autores Associados, 2006.